Conto o tempo, que sem tempo passa
e no entanto, o tempo
faz-se em mim, como um homem se faz em si
na escuridão do berço.
Recebo-te algures por entre muralhas de pecados,
por entres sinuosos caminhos devastados
pela multidão.
Serão...
Quem ousar um dia, pensar a noite,
sem mais pecado inerte
que da vida faz lume
e da morte
recupera o sentido.
Se no tempo
encontro a virtude,
no seu passar sem coerência
encontro a dependência
de usar.
Esse odor...
esse odor que afaga e maltrata
na ânsia de te encontrar
por entre os sonhos que hão-de se realizar.
É o meu fado,
esse tempo que magoa, que rasga
a carne sem sentido, sem trajecto definido
por entre as horas do dia.
Esse dia que vive da noite,
que o Sol queima e aleija
dentro da serenidade,
dessa loucura inoportuna que é a saudade.
Mais devasso será no entanto
o olhar louco do mendigo
que perpetua as palavras
de enfado, de desespero
por entre os olhares ociosos dos poderosos.
Poderosos que do ventre da penúria,
retiram o sangue da vitória.
Se na morte me procuras
é na vida que te dou luta.
É ser destino e soldado,
que da vida sinto-te o odor.
E..., se do tempo se faz tempo
da minha morte se faz loucura.
e no entanto, o tempo
faz-se em mim, como um homem se faz em si
na escuridão do berço.
Recebo-te algures por entre muralhas de pecados,
por entres sinuosos caminhos devastados
pela multidão.
Serão...
Quem ousar um dia, pensar a noite,
sem mais pecado inerte
que da vida faz lume
e da morte
recupera o sentido.
Se no tempo
encontro a virtude,
no seu passar sem coerência
encontro a dependência
de usar.
Esse odor...
esse odor que afaga e maltrata
na ânsia de te encontrar
por entre os sonhos que hão-de se realizar.
É o meu fado,
esse tempo que magoa, que rasga
a carne sem sentido, sem trajecto definido
por entre as horas do dia.
Esse dia que vive da noite,
que o Sol queima e aleija
dentro da serenidade,
dessa loucura inoportuna que é a saudade.
Mais devasso será no entanto
o olhar louco do mendigo
que perpetua as palavras
de enfado, de desespero
por entre os olhares ociosos dos poderosos.
Poderosos que do ventre da penúria,
retiram o sangue da vitória.
Se na morte me procuras
é na vida que te dou luta.
É ser destino e soldado,
que da vida sinto-te o odor.
E..., se do tempo se faz tempo
da minha morte se faz loucura.